segunda-feira, 3 de março de 2008

A Evolução do Universo

Muitos ateus e não só, apoiam-se na Evolução do Universo para explicar a inexistência de Deus... A Evolução do Universo aparece assim como uma alternativa à criação do mesmo.

O erro está em tomar a evolução como uma explicação, quando de facto é apenas uma descrição. A evolução é uma hipotese verdadeira para explicar o como das coisas, contanto que não exija de nós, a crença de que, o mais vem do menos, que o tudo nasce do nada, que de um saco vazio saiem bolas em número incalculável...Haja fé, para estas crendices!!!! O nada, não gera nada...É nada.

O Como dos acontecimentos é um problema diferente do Porquê desses mesmos acontecimentos. Descrever um relógio como tendo sido feito à máquina ou descrevê-lo como tendo sido feito à mão, explicaria por certo o como do seu fabrico mas ficaria ainda lugar para a pergunta: - Quem o fabricou? O mesmo se passa com o universo.

A evolução é um dos métodos possíveis da criação... O problema da evolução ou da antiguidade do mundo, nada tem a ver com a sua origem. A evolução é um problema do antes e do depois; A criação é um problema de superioridade... Da passagem do nada, ao ser... E essa passagem exige um poder infinito...

Julgam alguns que pelo facto de se falar em milhões de anos já há direito a dispensar o Criador.

Falar desse modo é como dizer que a manivela de um automóvel passará a ser automática se for suficientemente comprida. Uma velha raça de cavalos, não deixa de ser raça pelo facto de durar muito tempo; nem o universo deixa de ser um universo dependente, por ter demorado muitos séculos a desenvolver-se... O facto de se dizer que é eterno, como alguns "ateus crentes" o dizem, é uma crendice, pois estes, jámais poderão provar essa «eternidade do universo»..., E contudo, mesmo que o Universo fosse "eterno" isso não excluia a necessidade de um Criador, que o explicasse, pois o problema cronológico, nada tem a ver com o problema ontológico - passagem do nada, ao ser.

A atitude intelectual a tomar frente ao Universo não é esta: o mundo começou a existir, portanto foi criado por alguém; mas sim esta outra: o mundo existe e como não têm em si a razão própria da sua existência, deve por isso depender de um ser que o Criou. É impossível conceber a passagem do não-ser para o ser, ou da existência em potência para a existência em acto, sem um poder infinito que opere essa passagem.

Esta é a verdade elementar: Uma vez que do nada, não pode derivar coisa alguma, deve existir um Ser, que explique a participação de ser, comum a todas as coisas do universo.

Se houvesse um momento em que o nada existisse, então o nada existiria sempre.

As coisas não gozam da plenitude do ser: o facto de sofrerem mudanças, de participarem o ser com outros seres, o facto de morrerem, prova que a sua existência lhes é comunicada e que lhes não pertence como coisa própria. Como os raios do sol, no momento em que este astro desaparece, se desvanecem com o pôr do sol, também neste mundo, os raios imperfeitos do «ser» das coisas criadas, deixariam de existir se não houvesse um Ser que os sustentasse e lhes comunicasse a existência.

Esta relação do homem para com Deus, não é a mesma relação que há do arquitecto para um edificio; o edificio pode continuar a existir muito tempo depois do arquitecto ter morrido, pois este, é apenas causa de construção do edificio, mas não do ser desse edificio.

Sem um Ser Supremo, como Fundamento e Causa dos seres imperfeitos deste mundo, a inteligência humana seria levada necessáriamente a uma conclusão absurda :

- Que aquilo que não têm em si a razão da própria existência, têm em si a razão da própria existência.

E é, neste absurdo que terá que cair todo aquele que nega o principio da causalidade, isto é, que não existe efeito sem causa. Se o nosso existir como ser, é um efeito, necessáriamente esse efeito teve uma causa e essa causa, do nosso existir e ser enquanto homens, é DEUS, quer acreditemos nele ou não.

Um comentário:

anónimo disse...

Interesante...
Estou há uns tempos para fazer algo relacionado com o evolucionismo como ideologia e algo sobre o mito da evolução das espécies como coisa científica.
Gostei do artigo e deu-me ideias.

Abrç