segunda-feira, 16 de junho de 2008

Jesus Cristo, Supremo Juiz dos Vivos e dos Mortos

"... O fundamento desta Igreja é crer que sou justo juiz e misericordioso; mas este fundamento o derrubaram..., porque todos dizem que sou misericordioso, e quase ninguém crê que sou juiz e que julgo justamente. Têm-me por mau juiz, como o seria o que por misericórdia soltasse e concedesse liberdade aos culpados, para que afligissem mais os inocentes.

Mas enganam-se, porque ainda que seja misericordioso, sou justo juiz, de tal maneira, que nem ainda o mais ínfimo pecado deixarei sem castigo, nem o mais pequeno bem sem remuneração.

Por este buraco e entrada que fizeram no muro, entraram na minha Igreja todos aqueles que sem temor algum me ofendem e com isso afirmam que não sou justo juiz;...

Para os meus amigos não existem dias bons, nem consolo algum; Tudo é aflição como se fossem uns malvados. Se falam a verdade que de Mim aprenderam, reprovam-nos e lhes dizem que são enganadores e mentirosos; ...

E o pior é que sendo Eu o Senhor Absoluto e Criador de todas as coisas, sou blasfemado, pois dizem os maus : "não sabemos se há Deus e ainda que o haja, que nos importa a nós". Jogam ao chão a minha bandeira e a pisam dizendo:

"Porque padeceu Jesus Cristo a morte? Que nos aproveita a nós? Que faça o que nós queremos e isso nos basta, pois não queremos o seu reino: tenha-o Ele e goze-o Ele.

Desejo entrar na alma desses tais e ele dizem: "Antes morrer que deixarmos de fazer a nossa vontade."

Vês aqui, querida esposa, como são os pecadores. Eu criei-os com uma só palavra e com uma só palavra poderia destruí-los e à sua soberba. Mas pelas súplicas de minha Mãe e de todos os santos, os tolero e os quero convidar à paz. Se a admitissem, lhes perdoaria;

senão castigá-los-ei com rigor na presença dos anjos e dos homens, como a ladrões públicos e todos dirão que é justo o castigo que se lhes dá. E como aos enforcados, que depois de mortos os põem pelos caminhos e vem os corvos e os picam e comem, assim serão comidos pelos demónios, mas nunca serão consumidos. E como os que estão metidos de pés num cepo não encontram ali descanso nem sossego, assim estarão eles cercados de dor e de terror. Um rio de fogo entrará na sua boca, e ainda ficarão vazios para novos e maiores castigos cada dia.

Mas meus queridos amigos serão salvos e consolar-se-ão com as palavras que saiem dos meus lábios e verão a minha justiça e a minha misericórdia...

e ficarão estes esmagados e envergonhados, experimentado a minha justiça, porque abusaram da minha paciência.

Revelações de Jesus Cristo a Santa Brígida, Livro V

Nenhum comentário: